Que venha logo 2011 pois 2010 já tiramos de letra!!!
Imagino que todos estamos pensativos nessa época, desde antes do natal. Pois então, essa fase termina dia 31. Vamos arregaçar as mangas e mãos à obra. Mais uma vez reforço nossos planos de reiniciar a academia, arrumar a casa, organizar o guarda-roupa e a cabeça....essa a parte mais fácil.
Que no dia 31 a alegria tome conta de nossas casas, de nossas famílias e que a virada de ano seja luminosa e alegre. Muito, muito cheia de alegria!!
E que todas as mulheres já belas, estejam mais deslumbrantes ainda, com vestidos brilhantes, diferentes, decotados e sensuais. Com tudo que gostamos, inclusive boas bebidas, comidas gostosas e ótimas companhias. Feliz Ano Novo a todos!!!
Aproveito o feriado para postar sobre meu compositor preferido, Cartola. Um gênio, que junto a outros boêmios escreveu músicas lindas e inteligentes, que até hoje nos tocam. O que mais me chama atenção na história de Cartola é a poesia das letras das músicas, que tocam em sentimentos comuns a todas as pessoas, vividos ou percebidos por pessoas simples, do mundo. Poetas por natureza. E também me impressiona o fato de ter criado algumas músicas e ter se tornado conhecido já em idade avançada. Um gênio mesmo. E ai um outro exemplo de artista incomum, interpretanto uma de suas músicas mais belas.
Cartola (Angenor de Oliveira). Compositor, cantor, instrumentista. Rio de Janeiro RJ 11/10/1908-id. 30/11/1980.
Cartola nasceu no bairro do Catete, no Rio de Janeiro. Tinha oito anos quando sua família se mudou para Laranjeiras e 11 quando passou a viver no morro da Mangueira, de onde não mais se afastaria. Desde menino participou das festas de rua, tocando cavaquinho – que aprendera com o pai – no rancho Arrepiados (de Laranjeiras) e nos desfiles do Dia de Reis, em que suas irmãs saíam em grupos de “pastorinhas”. Passando por diversas escolas, conseguiu terminar o curso primário, mas aos 15 anos, depois da morte da mãe, deixou a família e a escola, iniciando sua vida de boêmio.
Após trabalhar em várias tipografias, empregou-se como pedreiro, e dessa época veio seu apelido, pois usava sempre um chapéu para impedir que o cimento lhe sujasse a cabeça, o qual chamava de cartola. Em 1925, com seu amigo Carlos Cachaça, que seria seu mais constante parceiro, foi um dos fundadores do Bloco dos Arengueiros. Da ampliação e fusão desse bloco com outros existentes no morro, surgiu, em 1928, a segunda escola de samba carioca. Fundada a 28 de abril de 1928, o G.R.E.S Estação Primeira de Mangueira teve seu nome e as cores verde e rosa escolhidos por ele. Para o primeiro desfile foi escolhido o samba Chega de Demanda, o primeiro que fez, composto em 1928 e só gravado pelo compositor em 1974, no LP História das escolas de samba: Mangueira, pela Marcus Pereira. Em 1931, Cartola tornou-se conhecido fora da Mangueira, quando Mário Reis, que subira o morro para comprar uma música, comprou dele os direitos de gravação do samba Que infeliz sorte, que acabou sendo lançado por Francisco Alves, pois não se adaptava à voz de Mário Reis. Vendeu outros sambas a Francisco Alves, cedendo apenas os direitos sobre a vendagem de discos e conservando a autoria: assim foi com Não faz, amor (com Noel Rosa), Qual foi o mal que eu te fiz? e Divina Dama, todos gravados pela Odeon, os dois primeiros em 1932 e o último em janeiro de 1933. Ainda em 1932, o samba Tenho um novo amor foi gravado por Carmen Miranda. Do mesmo ano é a gravação do samba Na floresta, em parceria com Sílvio Caldas, lançado por este último, e a primeira composição em parceria com Carlos Cachaça, o samba Pudesse meu ideal, com o qual a Mangueira foi campeã do desfile promovido pelo jornal “O Mundo Esportivo”.
Em 1941, formou com Paulo da Portela e Heitor dos Prazeres o Conjunto Carioca, que durante um mês realizou apresentações em São Paulo, em um programa da Rádio Cosmos. A partir dessa época, o sambista desapareceu do ambiente musical. Muitos pensavam até que tivesse morrido. Chegou-se a compor sambas em sua homenagem. Em 1948, a Mangueira sagrou-se campeã com seu samba-enredo Vale do São Francisco (com Carlos Cachaça).
Cartola só foi redescoberto em 1956, quando o cronista Sérgio Porto o encontrou lavando carros em uma garagem de Ipanema e trabalhando à noite como vigia de edifícios. Sérgio levou-o para cantar na Rádio Mayrinck Veiga e, logo depois, Jota Efegê arranjou-lhe um emprego no jornal “Diário Carioca”.
Contínuo do Ministério da Indústria e Comércio, vivendo na casa verde e rosa que construiu no morro da Mangueira, em terreno doado pelo então Estado da Guanabara, somente em 1974, alguns meses antes de completar 66 anos, o compositor gravou seu primeiro LP, Cartola, na etiqueta Marcus Pereira. O disco recebeu vários prêmios. Logo depois, em 1976, veio o segundo LP, também intitulado Cartola, que continha uma de suas mais famosas criações, As rosas não falam, e o seu primeiro show individual, no Teatro da Galeria, no bairro do Catete, acompanhado pelo Conjunto Galo Preto. O show foi um sucesso de público e se estendeu por 4 meses.
Em 1978, quase aos 70 anos, mudou-se para o bairro de Jacarepaguá, buscando um pouco mais de tranqüilidade, na tentativa de continuar compondo. Neste mesmo ano estreou seu segundo show individual: Acontece, outro sucesso. Em 1979, lançou seu quarto LP: Cartola – 70 anos. Nesta época, descobriu que estava com câncer, doença que causaria sua morte, em 30 de novembro de 1980.
Em 1983, foi lançado, pela Funarte, o livro Cartola, os tempos idos, de Marília T. Barboza da Silva e Arthur Oliveira Filho. Em 1984, a Funarte lançou o LP Cartola, entre amigos. Em 1997, a Editora Globo lançou o CD e o fascículo Cartola, na coleção “MPB Compositores” (n°12).
Fonte: Enciclopédia da Música Popular Brasileira, editada pelo Itaú Cultural.
Eu quero desejar muita paz na noite de natal. É o mais importante, paz! ao menos na noite em que nasceu um menininho que mudou a história.
Mas para o ano novo a lista é maior, que nossos filhos nos tratem melhor, que nossas roupas entrem em nossos corpos sem dificuldade em janeiro, que nos reste saldo bancário para as promoções de janeiro, que o amor esteja sempre presente em nossas vidas, seja qualquer forma de amar.
E finalmente, que aprendamos a ter paciência, essa virtude que esquecemos no meio de tantas exigências do dia a dia. Felicidades a todas as mulheres Belas, Inteligentes e Completas!!!
Demorei a escrever não por falta de assunto, mas por dificuldade em escolher um tema produtivo, principalmente nesse período de férias, festas, compras, com tantas ocupações a mais.
Enquanto escolho, que acham desse maravilho casal? Desse esplêndido ator e desse lindo filme?
Bom final de semana!!
Gostaria de esclarecer o que significa para mim ser "complexa". Por definição é algo que apresenta certo grau de dificuldade, parece o mesmo de complicada, mas não gostamos de ser complicadas, complexas vá lá... Se alguem tem mais opiniões, expresse aqui.
A minha sugestão de hoje é de livro, parece até pueril, mas as vezes por sermos complexas, deixamos de lembrar do óbvio, do mais fácil. Nesse caso, porque os homens não respondem torpedos ou até ligações. Tá ai a minha sugestão, quem gostar ainda pode assistir o filme. Talvez não mude nossos comportamentos mas nos ajudará a entender melhor o processo e evitar um pouco de perda de tempo.
"Leitura obrigatória para todas as mulheres, Ele simplesmente não está a fim de você – Entenda os homens sem desculpas é um daqueles livros que devem estar sempre à mão, um exemplar na bolsa, outro na gaveta do escritório, e ainda mais um na mesinha de cabeceira, sem esquecer daqueles exemplares extras, para socorrer as amigas num momento difícil. Afinal, toda mulher merece – e pode – encontrar um amor saudável e capaz de transformar um amanhecer cinzento em uma belíssima manhã de primavera"
Final de semana reflexivo, mantendo a idéia que dezembro é pra descanso, é pra pensar também. Revivemos os bons e maus momentos do ano que está acabando, tentando e prometendo a nós mesmas não cometer as ingenuidades ou as traquinagens no ano novo. Prometendo recomeçar a dieta, praticar exercícios, rezar, não comprar mais um sapato!
Prometemos ainda não antecipar relacionamentos, não fazer previsões, não se apaixonar tão facilmente...ao menos vamos tentar. Podemos ao menos fazer uma promessa, a de não nos deixar abater, e a de manter nossa auto-estima o máximo de tempo elevada, estejamos com amigos ou companheiros ou sozinhas. É preciso ser forte, a tristeza deixa marcas no rosto que creme nenhum recupera.
E finalmente, deixo essa materia do uol, é também uma sugestão de livro. Desejando uma ótima semana!
Como ficar bem depois de um fora
RENATA RODE
Ser rejeitado não é fácil, mas passa
“Todo mundo leva toco, todo mundo dá. Ninguém está livre dele e é bom aceitá-lo para não levar outros. O grande lance é saber que o toco doi, mas logo depois passa”, explica a jornalista Leticia Rio Branco, uma das autoras do livro recém-lançado "O Guia do Toco" (Ed. Best Seller). Ela e a amiga, a também jornalista Fabi Cimieri, uniram-se durante alguns meses para escrever experiências e desilusões de uma vida toda, já que a amizade vem desde o colégio. A ideia original aconteceu de maneira espontânea, fruto de uma reunião feminina. “Tivemos o insight de escrever o livro há um ano, quando estávamos solteiras e na pista. A gente sempre ouvia muitas histórias de pessoas que levavam e davam foras, assim como nós. Logo percebemos que não éramos as únicas que vivenciavam isso e decidimos compartilhar”, diverte-se Fabi.
“Já levei fora em diversos idiomas, acredita?”, comenta um internauta em comunidade de uma rede social chamada “Eu já levei um fora”. Outro participante lamenta: “Se a cada fora que eu tomasse, ganhasse R$ 1 já estava rico”. Mas os participantes concordam com uma estatística: homens levam mais tocos do que mulheres. Até porque elas são mais contidas na abordagem. “Eles tomam foras durante as cantadas e nós, mulheres, tomamos quando queremos compromisso, por isso essa discrepância na quantidade”, comenta M. E., vítima de um toco doido e recente. “Eu saía com o cara havia quase um ano, tomei coragem e perguntei como iríamos ficar. Ele disse que adorava minha companhia e só. Mandei pastar porque eu queria compromisso e ele não”, explica. Tipos de fora
Você já ouviu a seguinte frase: “O problema não é você, sou eu, não estou pronto para um relacionamento agora”? Esse é o chamado toco clássico, dizem as “especialistas” no assunto. “Resolvemos classificar os tocos em nosso livro para que ficasse mais fácil e cômico superar os tantos que levamos e damos na vida. Cada toco tem um peso, de acordo com o poder que o fora tem de bombardear o amor próprio”, afirmam as escritoras. Cuide da autoestima
Para Eliana Barbosa, consultora em desenvolvimento humano, o fora esconde um sentimento sinistro: a rejeição. “Levar um fora de um parceiro abala profundamente a autoestima, principalmente quando a pessoa costumava colocar mais expectativas no outro do que nela mesma, quando abria mão de sua vida para agradar o parceiro. É quando pode surgir uma espécie de depressão devido à dor da decepção”, afirma. Ela ressalta que se amar em primeiro lugar e jamais abrir mão de si mesmo para agradar a quem quer que seja é a fórmula certa para amenizar as desilusões.
Outra lição é passada pela terapeuta: “Depois de levar um chega pra lá, o melhor a fazer é marcar um encontro com você mesmo. Eu sugiro que você não saia por aí em busca de novos relacionamentos de imediato. Não vá buscar salvação em um novo amor, porque isso não dá certo, dura pouco. Salve-se primeiro, seja feliz primeiro e, dessa forma, com um jeito mais radiante e confiante, você vai atrair para sua vida pessoas mais resolvidas e confiantes também”.
Fabi Cimieri e Leticia Rio Branco, autoras do livro "O Guia do Toco"
Evite
A dupla de jornalistas dá cinco dicas para fugir do toco:
Valorize-se acima de tudo, nenhum homem gosta de mulher chiclete.
Não ligue insistentemente para ele, mostre que você tem vida própria.
Saia com as amigas e dê espaço para que ele faça isso também, uma vez por semana.
Mantenha sua individualidade sabendo equilibrar as importâncias na sua vida.
Não dê ataques de ciúmes, vasculhando celulares e afins. Homem nenhum quer uma mulher insegura ao lado dele.
Antecipe-se
Quer prever um fora? É fácil. “O parceiro começa a dar sinais de que não está mais tão a fim de você. Se ele começa a sumir, sair mais com os amigos do que com você, não te beija mais como antes e nunca mais a procura na cama, atenção: pode estar começando o processo do toco. Nessas horas, basta ter feeling e dar o troco antes: diga que está um pouco confusa e que o namoro não é mais como antes. Com certeza ele irá se surpreender”, diz Leticia. Dar e receber
E a pergunta que não quer calar: o que dói mais: dar ou tomar um toco? “Os dois, depende do grau de estrago. Levar um toco máximo, aquele em que a pessoa diz na sua cara que não tem mais tesão nenhum por você é muito doloroso. Por outro lado, dar um toco em alguém que ainda tem carinho, de certa forma, também e difícil, pois a gente sabe que vai magoar o outro. Mas, como ninguém é obrigado a gostar de ninguém e muito menos a ficar com quem não faz com que você sinta borboletas na barriga, vale sair logo desse relacionamento furado. E sempre dar ou levar um toco com muito bom humor”, ensina Fabi. Cara a cara
Para as autoras, a facilidade da internet hoje possibilita que se dê muito mais foras do que antigamente. Com a informação cada vez mais diluída e a rapidez das redes sociais e outros meios de comunicação via web, é muito mais difícil dar aquele toco sinistro olhando na cara da pessoa, concorda? Outra modernidade que facilita a troca de foras são as mensagens por celular. “O frio na barriga na hora de teclar o ‘enviar’ de um torpedo é o mesmo de ligar para o carinha, com a vantagem de que ele não vai sentir o tremor na sua voz. Mas, ao mesmo tempo, o olho no olho e o telefonema ainda têm um poder de persuasão muito grande”, explica Leticia. Aprenda com o toco
Depois de um fora, a pessoa deve aproveitar as lições dessa experiência ruim, para não repetir os erros em um próximo relacionamento. “Jamais fique insistindo e se humilhando diante da pessoa que o rejeitou. Você deve aceitar os próprios erros, e entender que tudo o que sofreu foi porque, de uma forma consciente ou inconsciente, permitiu que isso acontecesse. Se tivesse se colocado em uma posição menos vulnerável neste relacionamento, com certeza não teria levado esse fora”, finaliza a consultora Eliana Barbosa.
Comprei a revista Estlo desse mês na intenção de manter o blog sempre atualizado nos assuntos pertinentes às mulheres. Não que eu queira tranformá-lo numa versão eletrônica das revistas dos anos 50 e 60, mas tem um pouco disso, confesso que sempre achei elegantes as revistas que mamãe lia com as amigas nos encontros lá em casa.
Na Estilo está uma relação de mulheres que marcaram os anos 2000, entre elas estão Claudia Raia, Alinne Moraes, Cléo Pires, Fernanda Lima...temos que admitir, são belas, são inteligentes mesmo, e como toda mulher, complexas!! Se Kate Middleton fosse brasileira estaria lá com certeza
Também há uma relação de sites para compras online, lá vai... http://www.net-a-porter.com/ http://www.oqvestir.com.br/ch/index.aspx http://store.julianajabour.com.br/home http://adonajoana.blogspot.com/ http://unvestido.blogspot.com/
Só precisamos tomar cuidado para não fazer compras reparadoras de perdas afetivas!
Nossa, esqueceram a Luiza Brunet na relação!!! Beijos.
Chegamos ao fim do ano!! trabalhamos pensando nas confraternizações, nas compras e no merecido descanso. Paramos para pensar no que fizemos e no que deixamos de fazer, é hora de refletir mesmo. Entre tantas coisas boas a fazer que tal assistir um pouco de cinema? as salas enchem com estréias alegres como megamente, pra assistir com as crianças e outras como Rede Social, espero ter tempo...
Também pensei em sugerir grandes sucessos, dentro daquela famosa lista dos 100 filmes para se assistir antes de morrer. Falta muito ainda, mas selecionei esses:
Tentando ajudar meu filho a descobrir e gostar de literatura...me deliciando com isso!!
Clarice Lispector foi uma das representantes da terceira geração do modernismo, a geração de 45. O movimento começou com a semana de arte moderna, em 22 e mudou conceitos em todas as áreas. Como todo movimento, não só literário, o começo é um tanto radical, e nas gerações mais tardias ocorre um amadurecimento e retorno de alguns conceitos antigos e importantes. Outros escritores maravilhosos: João Cabral de melo Neto, Guimarães Rosa, Rubem Braga, Lygia Fagundes Telles.
"A Geração 45 não determinou uma ruptura profunda com a estética do século XIX, mas determinou uma nova valorização da palavra. Em comparação com a geração de 22, a Geração 45 foi menos radical, mais racional e utilizou o lirismo com maior sobriedade inserido na preocupação com a linguagem em si."
Ao mesmo tempo que ousava desvelar as profundezas de sua alma em seus escritos, Clarice Lispector costumava evitar declarações excessivamente íntimas nas entrevistas que concedia, tendo afirmado mais de uma vez que jamais escreveria uma autobiografia. Contudo, nas crônicas que publicou no Jornal do Brasil entre 1967 e 1973, deixou escapar de tempos em tempos confissões que, devidamente pinçadas, permitem compor um auto-retrato bastante acurado, ainda que parcial. Isto porque Clarice por inteiro só os verdadeiramente íntimos conheceram e, ainda assim, com detalhes ciosamente protegidos por zonas de sombra. A verdade é que a escritora, que reconhecia com espanto ser um mistério para si mesma, continuará sendo um mistério para seus admiradores, ainda que os textos confessionais aqui coligidos possibilitem reveladores vislumbres de sua densa personalidade. A descoberta do amor
“[...] Quando criança, e depois adolescente, fui precoce em muitas coisas. Em sentir um ambiente, por exemplo, em apreender a atmosfera íntima de uma pessoa. Por outro lado, longe de precoce, estava em incrível atraso em relação a outras coisas importantes. Continuo, aliás, atrasada em muitos terrenos. Nada posso fazer: parece que há em mim um lado infantil que não cresce jamais.
Até mais que treze anos, por exemplo, eu estava em atraso quanto ao que os americanos chamam de fatos da vida. Essa expressão se refere à relação profunda de amor entre um homem e uma mulher, da qual nascem os filhos. [...] Depois, com o decorrer de mais tempo, em vez de me sentir escandalizada pelo modo como uma mulher e um homem se unem, passei a achar esse modo de uma grande perfeição. E também de grande delicadeza. Já então eu me transformara numa mocinha alta, pensativa, rebelde, tudo misturado a bastante selvageria e muita timidez.
Antes de me reconciliar com o processo da vida, no entanto, sofri muito, o que poderia ter sido evitado se um adulto responsável se tivesse encarregado de me contar como era o amor. [...] Porque o mais surpreendente é que, mesmo depois de saber de tudo, o mistério continuou intacto. Embora eu saiba que de uma planta brota uma flor, continuo surpreendida com os caminhos secretos da natureza. E se continuo até hoje com pudor não é porque ache vergonhoso, é por pudor apenas feminino.
Pois juro que a vida é bonita.”
Não sou expert em moda, longe disso. Gosto muito de vestidos, de belos cortes e tecidos. Eu e minha amiga Ana Lucia, também médica ainda abriremos uma griffe...
O minimalismo na moda é bárbaro, é chic...estilos como o de Calvin Klein, que só um mineiro como Francisco Costa para comandar a maison há 6 anos, inspiram outras marcas também muito belas. Assim, nós mortais, olhamos os desfiles pela internet, tv, etc e compramos nas lojas que mais gostamos, como Siberian (comprei camisa na loja da Oscar Freire por 19,90 reais!!), Richards, Renner, ou encomendamos na costureira habilidosa, isso é très chic!
No estilo minimalista valoriza-se cortes e tecidos, as cores são clássicas...estampas, com cuidado!!
The Kiss - Gustav Klimt
"Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas. Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível. A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber. Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo. O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão.
Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria. Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, banancides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas.
Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo? O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental".
Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. é uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra.
A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem.
Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a Vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."
Texto de Miguel Esteves Cardoso in Expresso